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Sass: uma introdução ao pré-processador CSS

Conheça o Sass, um pré-processador CSS que pode turbinar as folhas de estilo da sua aplicação deixando-as mais simples de escrever e de manter
Sass: uma introdução ao pré-processador CSS
Texto de: Letícia Garcez

Introdução

Neste artigo apresentaremos alguns conceitos e informações sobre Sass, uma tecnologia muito útil para o desenvolvimento de folhas de estilo de aplicações.

O que é Sass?

Segundo o próprio site da linguagem, Sass é uma espécie de “CSS com superpoderes”, ou um CSS melhorado. A sigla Sass significa Sintactically Awesome Style Sheets, ou folhas de estilo sintaticamente maravilhosas, em uma tradução livre. Essa tecnologia basicamente consiste em uma linguagem para criação de folhas de estilo que posteriormente será transformada em CSS puro.

O Sass facilita a criação de folhas de estilo, já que contém funcionalidades como regras aninhadas, funções e variáveis, que permitem um maior reuso do código e facilitam a manutenção do mesmo. Atualmente, algumas dessas funcionalidades também estão disponíveis no CSS sendo suportadas por versões mais atuais dos navegadores, porém essas funcionalidades do CSS acabam não funcionando corretamente em versões mais antigas de navegadores. Isso não é um problema com o Sass, já que todo código Sass será transformado para código CSS sem essas funcionalidades, posteriormente.

Podemos fazer um paralelo entre Sass e TypeScript, já que ambas tecnologias oferecem funcionalidades novas com relação a uma tecnologia base e precisam ser transpilados para essa tecnologia já que não são interpretados pelo navegador.

Instalando Sass

Existem algumas maneiras diferentes de trabalharmos com Sass, como a instalação de ferramentas de linha de comando, interfaces gráficas, ou até mesmo a inserção de uma dependência no seu projeto de desenvolvimento. Para este artigo vou fazer a instalação do Sass através do npm: npm install -g sass

Escrita de código Sass

O código Sass deve ser escrito em um arquivo .sass e segue uma sintaxe muito parecida com a do CSS, mas eliminando chaves e o caractere ponto-e-vírgula. Um exemplo de código CSS e Sass lado a lado pode ser visto na imagem abaixo:

Neste exemplo de código, ainda não abordamos as funcionalidades do Sass, mas já dá para ter uma ideia da comparação entre essas duas tecnologias.

Declaração de variáveis

A declaração de variáveis em Sass é muito simples, e pode ser feita em qualquer lugar do código. O nome de uma variável deve começar com o caractere “$” e o valor é atribuído a essa variável através do caractere dois pontos, como no exemplo abaixo.

$nomeDaVariavel: valor

Para utilizar essa variável, basta atribuir o nome da variável como valor para alguma propriedade CSS da sua formatação. Um exemplo pode ser visto abaixo:

$corFundo: #FAFAFA

body
	background-color: $corFundo

Aninhamento

O Sass também fornece uma sintaxe para o aninhamento de seletores, então ao invés do código abaixo:

div {
	/*formatações*/
}
div nav {
	/*formatações*/
}
div nav h1{
	/*formatações*/

}
div nav ul{
	/*formatações*/
}
div nav ul li {
	/*formatações*/
}

É possível utilizar algo como o código abaixo, o que deixa o seu código mais legível, mais organizado e também mais fácil de manter:

div
	/*formatações*/
	nav
		/*formatações*/
		h1
			/*formatações*/
		ul
			/*formatações*/
			li
				/*formatações*/

Usando Sass

Neste exemplo, utilizaremos o Sass para fazer a formatação do código abaixo:

<!DOCTYPE html>
<html>
<head>
    <meta charset="UTF-8">
    <title>Desafio Menu</title>
</head>
<body>
   <main>
       <h1>Lista:</h1>
       <ol>
           <li>item 1</li>
           <li>item 2</li>
           <li>item 3</li>
           <li>item 4</li>
           <li>item 5</li>
       </ol>
   </main>
</body>
</html>

O próximo passo, é definir o código Sass. Então, criei um arquivo chamado estilo.sass e inseri a formatação abaixo:

$cor-de-fundo: #f0f0f0
$cor-do-texto: #333
$tamanho-do-texto: 24px

body
    background-color: $cor-de-fundo
    color: $cor-do-texto
    display: flex
    align-items: center
    justify-content: center
    height: 100vh

ol
    list-style-type: decimal
    padding-left: 20px
    li
        margin-bottom: 10px
        font-size: $tamanho-do-texto

Depois disso, será necessário incluir no arquivo HTML o arquivo que contém o estilo para a página. Esse arquivo que contém o estilo, não é o arquivo Sass em si, mas sim o arquivo CSS que é gerado a partir do arquivo Sass, já que, como mencionei anteriormente, o Sass não é suportado pelo navegador.

Como no momento não temos nenhum arquivo CSS gerado, precisaremos fazer a transpilação do arquivo Sass para gerar esse arquivo. Para fazer a transpilação, vamos precisar rodar o comando sass --watch estilo.sass estilo.css que irá iniciar um processo onde o arquivo “estilo.sass” será monitorado e a partir das informações desse arquivo, será gerado o arquivo estilo.css

Na imagem abaixo, você pode ser as duas versões do código que estou usando, a versão em Sass e a versão transpilada para CSS.

Agora, uma vez que o arquivo esteja incluído na página HTML, podemos abrir a página e temos a aparência esperada:

Considerações finais

Neste artigo conhecemos o Sass e alguns recursos básicos dessa tecnologia que podem auxiliar no desenvolvimento dos seus projetos. É importante lembrar que este é um artigo introdutório, o que significa que várias outras funcionalidades interessantes do Sass acabam fugindo do escopo desse artigo.

Bons estudos!!

Sobre o autor
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